Imagine-se em criança e que está numa daquelas brincadeiras que a imaginação infantil permite: no teu quarto podes voar entre papéis e canetas, subir uma alta montanha de almofadas e ainda nadar num mar de brinquedos espalhados por todo lado. Muitos de nós já viveu essa situação, e que maravilha foi!

Agora imagine que já são horas da escola, ou do jantar, ou de um compromisso qualquer e que a tua mãe ou o teu pai chega à porta e diz: Oh meu Deus! Que caos! És um grande bagunceiro!!! Arrume já isso! Quais os sentimentos que surgem após esta abordagem?

Certamente os sentimentos que surgirão serão confusos e mesmo que este adulto tenha a melhor das intenções, os sentimentos serão de pressão e desconforto causados pela exigência, julgamento e agressividade. Neste momento acontece a desconexão entre o adulto e a criança. Perde-se aqui a oportunidade de criar uma relação saudável de amor e colaboração.

Em contexto escolar acontece o mesmo. Professores, auxiliares de educação e outros intervenientes do processo educativo não conseguem perceber em qual padrão está a ação das crianças e jovens e com frases cheias de autoridade, exigência e julgamento bloqueiam a conexão e transformam as escolas em verdadeiros campos de concentração para miúdos, onde o que vale são as regras iguais para todos : são para cumprir.

Acontece que numa outra abordagem com a utilização das ferramentas da Comunicação Consciente e Não Violenta podemos criar um sistema de “acordo de partes” onde o que fica combinado é reflexo de uma ponderação que foi construída por todos e que merece atenção redobrada e a conexão entre os pares.

O processo da comunicação violenta é baseada em 4 passo:

  • Observação – pare, respire e tente entender quais são as perspectivas daquele evento. Seja o mais neutro possível.
  • Sentimentos – entenda o que sentes. Será importante perceber-se de que forma o evento o incomoda ou implica.
  • Necessidade – depois de entender a situação e os sentimentos, diga quais são as suas necessidades.
  • Acção – tendo em vista os objetivos desejados, comunique de forma clara o que fazer.

Tendo agora o conhecimento destas ferramentas, vamos voltar ao nosso quarto? Sim ? Mas agora és o adulto. Como seria a sua abordagem? Já pensou como tudo fica mais fácil? Pense na conexão que se estabelece no momento de combinar a ação.

Se é mãe, pai, educador, professor, auxiliar de educação ou qualquer um dos atores do processo educativo e quer desenvolver novas formas de comunicar e criar conexão participe na 6ª edição do curso Comunicação Consciente e Relações Saudáveis em Contexto Educativo: Ferramentas para a Vida , com base nos conceitos da Comunicação não Violenta, Atenção Plena e Escuta empática. Propomos uma visão renovada da comunicação entre todos os atores do processo educativo, incluindo e dando voz às crianças e aos jovens!

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